segunda-feira, 24 de junho de 2019

POLÍTICA E NATURISMO



Um pouco antes da eleição para presidente da República do Brasil no primeiro turno em 07/10/2018, observei uma certa tensão entre as pessoas, discussão acirrada, até mesmo dentro das famílias, continuou após o 2º turno em 28/10/2018 e tenho percebido que ainda permanece.
Interessante foi notar que entre as pessoas que praticam e defendem o Naturismo como uma filosofia de vida de respeito e de harmonia também tiveram rompimentos por opiniões diferentes com certa agressividade, ofensas pessoais e como resultado um distanciamento de indivíduos que se admiravam. O que aconteceu? Os valores do Naturismo foram esquecidos?
Entendam que os naturistas são pessoas que dividem o mundo social com o mundo natural que muitas vezes são conflitantes, valores diferentes. Mas temos que conviver e ter o conhecimento necessário para entender esses conflitos sem violência, é compreender o outro que também possui suas limitações.
Assim sendo, o naturista deveria ser aquela pessoa que poderia compreender mais a natureza humana, buscando sempre o conhecimento com argumentos esclarecedores, uma voz em defesa do meio ambiente, dos animais, da vida enfim. Mas isso não está inserido nas ações políticas? Lógico que está, então devemos sim preocuparmos com as ações que preservem esses valores. Como diz Edson Medeiros: “Naturismo antes de tudo é um compromisso com a vida”.
O assunto “política” que deveria ser inserido nos grupos virtuais dos naturistas se tornou um tema proibido, isso porque foi esquecido o que é trocar ideias, criou-se um fanatismo político generalizado, não se tem o conhecimento como uma premissa básica para avaliação das ações que defendem a natureza, nem mesmo houve o cuidado de analisar a história do Naturismo em nosso país.
Não faltou esforço do Celso Rossi para fincar a bandeira do Naturismo na Praia do Pinho, cuja história relatada no seu livro “A Redescoberta do Homem” em tempos repressivos, do mesmo modo Pedro Ribeiro na Praia de Abricó, os livros de Paulo Pereira mostrando a história documentada, Cristina Agostinho com a biografia da Luz Del Fuego, Jorge Bandeira com suas peças teatrais, a própria Luz com o livro Verdade Nua expõe os falsos pudores da sociedade. Enfim, será que ninguém percebeu que de um modo geral a política estava embutida num sentido mais amplo? Só é preciso buscar e gostar do conhecimento por meio da leitura.
O fanatismo cria barreiras para o autodesenvolvimento do mesmo modo que os preconceitos, até mesmo para as descobertas científicas, “a compreensão do novo só é possível removendo os apoios antigos”. (1)
Paulo Ghiraldelli, um filósofo, professor e outras qualificações, na sua página no YouTube mostra um modo de pensar político sem partidarismo, por que não estudar mais esse assunto para que possamos conversar de um modo mais inteligente?
Livros também não faltam de Henrique Rattner, um dos grandes pensadores do Brasil, sociólogo, economista, professor (2).
Por que não buscarmos conhecimento em fontes confiáveis no lugar de criarmos assuntos velados dentro do Naturismo? Alguns dizem que é uma questão de opinião, não, não é, é falta de conhecimento mesmo. Como já nos disse João Olavo “O mundo precisa do Naturismo”. Mas o que adianta se continuam sentindo ofendidos por assuntos que necessitam ser tocados, precisam ser analisados e não criar barreiras para nossa evolução.
Naturismo tem implicações nas suas estruturas pessoais e se pensado, devidamente estudado, irá proporcionar benefícios não tão somente individuais, mas para todos que nos rodeiam.
Muitas entrevistas já publicadas não faltam elogios ao Naturismo dizendo: “É uma sensação de liberdade”. Quer queiram ou não, tem implicações políticas.

(1)   Andreeta; Prof. Dr. José Pedro e Maria de Lourdes “Quem Se Atreve A Ter Certeza?”
(2)   Rattner; Henrique “Tecnologia e Sociedade”



Evandro Telles
24/06/19



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